(2020)APENAS “SÉRGIO”
O grande diplomata brasileiro, Sérgio
Vieira de Mello é aqui retratado pelo documentarista Greg Barker que aborda de
forma mais íntima a vida do diplomata.
O filme alterna entre o atentado no
Iraque que levou a sua morte, e eventos passados que apresenta o personagem em
sua vida íntima. Trata-se de uma cinebiografia de recorte pessoal, que explora
a simplicidade do personagem. Tanto em seus discursos políticos como na maneira
de se dirigir as pessoas, Sérgio se apresenta muito acessível, humano, natural.
Imagem que ajudou a ser construída pelo ótimo trabalho de Wagner Moura, que
oferece uma atuação muito leve e espontânea.
O
diretor ostenta de momentos em que Sérgio é representado com trajes simples,
andando a pé, cumprimentando a todos, na perspectiva de humanizar o personagem.
O longa também aponta para conceitos
como lar e retorno as raízes, por maio das falas de Sergio sobre o Arpoador, e
os embates com Carolina acerca da tomada de decisão sobre sua vida.
Apesar de exibir muitos momentos tocantes, o filme não explora as
situações que levaram o personagem a ser a grande personalidade da ONU. A
própria missão do Iraque é posta como uma tarefa de em que sua relevância é
citada, mas não é desenvolvida.
“Sérgio” é um filme que apresenta o
homem por trás do grande cargo, mas que cita suas conquistas sem aprofundar em
sua relevância e foca o peso dramático da trama no romance com Carolina.
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